28 fevereiro, 2006
25 fevereiro, 2006
22 fevereiro, 2006
Companhia
Adivinhem quem veio visitar-me?
O Luís. Chegou no domingo á noite, sem perder nenhum voo e sem mal se atrasar ;)
O Luís. Chegou no domingo á noite, sem perder nenhum voo e sem mal se atrasar ;)
14 fevereiro, 2006
13 fevereiro, 2006
08 fevereiro, 2006
Fala
Fala a sério
e fala no gozo
Fá-la pla calada e fala claro
Fala deveras saboroso
Fala barato e fala caro
Fala ao ouvido
fala ao coração
Falinhas mansas ou palavrão
Fala à
miúda mas fá-la bem
Fala ao teu pai mas ouve a tua mãe
Fala francês
fala béu-béu
Fala fininho
e fala grosso
Desentulha a garganta levanta o pescoço
Fala como se falar fosse andar
Fala com elegância - muito e devagar.
Alexandre O'Neill
e fala no gozo
Fá-la pla calada e fala claro
Fala deveras saboroso
Fala barato e fala caro
Fala ao ouvido
fala ao coração
Falinhas mansas ou palavrão
Fala à
miúda mas fá-la bem
Fala ao teu pai mas ouve a tua mãe
Fala francês
fala béu-béu
Fala fininho
e fala grosso
Desentulha a garganta levanta o pescoço
Fala como se falar fosse andar
Fala com elegância - muito e devagar.
Alexandre O'Neill
05 fevereiro, 2006
04 fevereiro, 2006
Os Amigos
No
regresso encontrei aqueles
que haviam estendido o sedento corpo
sobre infindáveis areias
tinham os gestos lentos das feras amansadas
e o mar iluminava-lhes as máscaras
esculpidas pelo dedo errante da noite
prendiam sóis nos cabelos entrançados
lentamente
moldavam o rosto lívido como um osso
mas estavam vivos quando lhes toquei
depois
a solidão transformou-os de novo em dor
e nenhum quis pernoitar na respiração
do lume
ofereci-lhes mel e ensinei-os a escutar
a flor que murcha no estremecer da luz
levei-os comigo
até onde o perfume insensato de um poema
os transmudou em remota e resignada ausência
AL Berto
regresso encontrei aqueles
que haviam estendido o sedento corpo
sobre infindáveis areias
tinham os gestos lentos das feras amansadas
e o mar iluminava-lhes as máscaras
esculpidas pelo dedo errante da noite
prendiam sóis nos cabelos entrançados
lentamente
moldavam o rosto lívido como um osso
mas estavam vivos quando lhes toquei
depois
a solidão transformou-os de novo em dor
e nenhum quis pernoitar na respiração
do lume
ofereci-lhes mel e ensinei-os a escutar
a flor que murcha no estremecer da luz
levei-os comigo
até onde o perfume insensato de um poema
os transmudou em remota e resignada ausência
AL Berto